A Perda de um Filho durante a Gestação e o Renascimento de uma Mãe
Essa é a história de Luciana dos Santos, onde ela conta suas experiências na criação de dois filhos e também relata sobre a perda de um filho em sua primeira gestação.
ENTREVISTAS
Thalita Oliveira


Parte 1 - Primeiros Cuidados e Experiências
Quantas gestações você teve? Quais são os nomes dos seus filhos e quantos anos eles tem hoje?
Eu tive três gestações, dois estão vivos, e um infelizmente eu perdi com 9 meses completo, onde eu tive uma queda. Na época, por ser mãe nova, aos 19 anos, então não tinha muita experiência e não tinha muita ajuda de familiares. Eu caí e fiquei em casa por três dias, no quarto dia onde comecei com as primeiras dores, o primeiro sintoma, eu fui ao médico, mas já não tinha nada que eu poderia fazer naquele momento.
Eu tenho dois filhos, a Mariana, com 30 anos, e o Pedro Henrique com 18.
Você lembra como foram as suas gestações? Como foi o sentimento de sentir que seria mãe? Teve rede de apoio?
Então, como eu já comentei, a minha primeira gestação foi um pouco difícil no começo. Foi meio complicado, porque eu não tinha muito acesso, não tinha conhecimento, não tinha a tecnologia que tem hoje, as ecografias, e consultas médicas com mais frequência. Eu tinha um pouco de receio, de medo, no começo para mim foi difícil. Não digo a aceitação, essa não é a palavra certa, mas assim eu fui cair em si mesma, já com quase 5 meses de gestação, onde eu entendia que realmente logo eu seria mãe. Ainda mais quando fiquei sabendo que seria uma menina, foi quando a ficha caiu, fiquei mais feliz e mais segura também.
Como comentei, eu não tive rede de apoio, até porque 30 anos atrás era bem complicado, então só se fazia uma ecografia e depois só no momento final, lá da gestação. Não tinham muitos exames, hoje você consegue ver, se o teu filho já teve alguma deficiência, alguma coisa através de vários tipos de exames. Até porque a tecnologia já avançou, então a 30 anos atrás era muito difícil mesmo.
Em sua fase atual da maternidade, o que você tem vivido?
Na minha fase de maternidade, o que eu tenho vivido, é uma experiência, após a outra. A maternidade em si, ela começa desde a gestação até a entrada do seu filho no casamento, então a maternidade nunca acaba, todo dia você está vivendo novas expectativas, seu filho cresce, anda, aprende a nadar, aprende a comer sozinho, aprende a falar, é um ciclo após o outro.
Com a minha filha, tenho uma relação com ela bem legal. Ela é bem carinhosa, ela é mais apegada a mim, a gente conversa mais, é super amiga, tudo o que eu gosto, ela gosta, o que eu não gosto, ela não gosta, desde fruta, roupa, comportamento, gênio, nós somos 99,9 % parecidas.
Compartilhe uma memória que te marcou:
O momento mais marcante que tive com a minha filha foi dos seis para sete anos, ele havia pego uma bactéria alimentar, porque o médico falou que era grave na época, ela ficou muito ruim, muito mal mesmo, e eu me sentia culpada por ter dado aquele alimento para ela. Eu me senti muito culpada, mas com o tempo acabei esquecendo e me livrando desse episódio.
O que marcou para a gente na época, foi que o pai dela bebia muito sabe, e a gente foi visitá-la no hospital, e quando a gente chegava para visitá-la, ela falava, que só iria sair do hospital,se o pai parasse de beber, aquilo foi marcante para a gente, para mim, para ele mais ainda, que desde aquele momento, nunca mais bebeu, depois desse episódio.
Como passou a enxergar as outras mães depois que se tornou mãe? Quais foram seus sentimentos?
O sentimento de ser mãe é maravilhoso para aquelas que realmente tem esse amor, esse carinho, esse afeto. Eu entendo assim que toda mulher não tem o instinto de ser mãe, existem as que geram filhos, e as que são. As que têm um instinto de maternidade mesmo que são mães. Porque a gente vê muitos episódios de mães, que nem chegam a dar a luz ao filho, já jogam fora, já matam, enfim, um monte de coisas erradas, essa é a minha opinião.
Eu passei a enxergar as outras mães com outros olhos, depois que me tornei mãe. Porque as coisas com o tempo vão se modificando, então hoje eu vejo a necessidade de cada mãe, né. Mesmo algumas,infelizmente, não poderiam ser chamadas de mães, mas infelizmente tem, porque foram mulheres que geraram, passaram por nove meses e conseguiram dar a luz a uma criança, então infelizmente elas têm que ser chamadas de mães.
Então enxergo hoje as mães com um olhar diferente, cada dia é uma expectativa diferente para nós que somos mães, eu espero que essa geração de agora que espera se tornar mãe, tenha esse amor, esse carinho, desde o primeiro momento, até o último dia. A chegada do seu filho,que é um momento muito legal, nossa é uma experiência muito diferente de todas as experiências que a gente já passou,só quem já passou mesmo por essa experiência, sabe essa sensação, sentimento, amor, carinho e o afeto que estou falando.
Parte 2 - Crescimento dos Filhos
Depois que seus filho (s) crescerem,como foi os desafios do dia a dia com ele?
Então eles já estão grandes, os desafios são a adolescência mas deu tudo certo consegui cumprir esse outro desafio, lembranças de escola, ótimos passeios muitas correrias em médico com alguns sustos.
Se você pudesse voltar no tempo,e voltar em uma fase específica da vida do seu filho, qual época você voltaria?
A melhor fase que voltaria, seria deles aprendendo a andar sozinhos e falar tudo errado kkkk foi uma época muito boa.
Quais sentimentos você começou a ter depois que virou mãe?
Os sentimentos de ser escolhida por DEUS para ser mãe deles, foi um momento lindo com eles grandes, minha filha mais velha já casou e meu filho mais novo está conosco em casa.
Agradecimento
Agradecemos a participação de Luciana dos Santos, neste projeto, pois sabemos que com sua história contada aqui muitas mães iram se identificar com sua trajetória e conhecer mais sobre as experiências da maternidade.
A arte realizada inspirada na história de Luciana foi “Cada dia vivemos novas expectativas”, nesta obra trouxemos a relação de mãe e seus dois filhos, demonstrada que com o tempo o cuidado e amor de uma mãe só crescem e mudam as fases.
Entrevistada: Luciana dos Santos, moradora da cidade de Araucária - PR, 49 anos, casada, zeladora e mãe de dois filhos.
Entrevistas
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Um projeto cultural sobre arte e maternidade.
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